domingo, 7 de agosto de 2011

                      GABRIELA... Sempre e para sempre, GABRIELA!


                  Traduzir-te seria simples, se tu, menina-felicidade, não fosses um diamante abstrato, como assim os são todos os sentimentos sinceros e valiosos .Como assim só pode sê-lo quem com a sua presença encanta e nos tem um valor inestimável. Seria tu, a forma concreta da felicidade? Ou seria a palavra felicidade inventada a partir de ti?
                 No apogeu dos meus anos, quando tudo era praticamente possível e de maneira paradoxal ao mesmo tempo impossível, surgiste como uma flecha de luz, um ponto de equilíbrio e de esperanças às minhas desilusões. E as certezas (que me impuseram) preestabelecidas pela vida que para mim, até então, eram meras aporias, de repente, como encobertas pelo luto de um herói vencido por uma batalha já quase dada por perdida, se fizeram vivas e como por um milagre, renascidas. Árduo era, naqueles dias, compreender o amor com toda a sua força e plenitude. Sobretudo e principalmente em um momento em que as circunstâncias lhe põem a prova e sem pedir licença lhe fazem refém de coisas pelas quais ninguém gostaria de passar. Todavia, tu foste o milagre preciso! Foste o amor sonhado, o anjo o qual eu, já cético apesar de restarem as tenras crenças peculiares à juventude, abracei e acolhi como um homem desesperado abraça a mais querida promessa de amor e esperança.
             Teu nome Gabriela, a partir do instante em que Deus te fez minha, tornou-se para mim palavra imperativa! Chamar-te, para os meus sentidos, soava como uma canção de invocação à alegria e cada movimento teu, cada descoberta e energia que denunciava a tua existência neste universo, tinha aos meus olhos de pai apaixonado, o significado mais indescritível da visão do paraíso. Ao ganhar-te fui premiado com o bilhete da sorte grande, depois de ti, tive um poder que me fez o mais afortunado dos mortais; a soberania imensurável e prazerosa de te ouvir me chamar de pai, de sentir o calor das suas mãozinhas singelas segurarem as minhas, de ser o teu melhor amigo  e a tua âncora pela vida afora.
          No esplendor de um ano (1987) em que se ouvia nas rádios Whitney Houston cantar; “ I wanna  dance with  somebody, who loves me...” ( Eu quero dançar com alguém que me ame...), sorria eu, piedosamente da cantora que com tanta veemência e apelo aclamava aqueles versos.  Sentia-me já, um homem de uma riqueza e sorte invejável, porque tinha nos meus braços a melhor e mais vibrante parceira de uma dança que duraria por longos e longos anos: A minha filha Gabriela.
          Gabriela “intraduzível”! Foi assim que iniciei as minhas palavras.  Devo, no entanto abrir um parêntese; talvez a menina que hoje é uma linda mulher, se desmistifique em inúmeras e infinitas facetas e se decomponha em incontáveis explosões de vida: Gabi doçura, Gabi atroz, Gabriela incensurável, imensa, criança, adulta, forte, frágil, indomável, disponível, ingênua, sagaz, linda mulher, maluquinha camaleoa! Gabriela feliz, intensa! Pronta para o que der e vier. E que venham os teus desejos, minha filha, as realizações dos teus sonhos, a vontade incansável de tentar, acertar ou até mesmo de errar, porque o teu pai estará sempre aqui, para te amar e te apoiar.
           Gabi, Gab`s, Bibi, Bié, Biela, Gabriela! Gabriela do papís!  Sempre e para sempre minha amada Gabriela... Gabriela FELICIDADE!

            Parabéns!
           Do teu pai, que te ama incondicionalmente.
         
           Mário Paulo.